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quarta-feira, 2 de abril de 2025

PIETRO LEAL / ELE FAZ PARTE DA HISTORIA DE IBICARAÍ

A HISTÓRIA DE IBICARAÍ 

Nós somos a CIDADE!

Homenagem de José Vanderlei Leal, para o seu filho PIETRO LEAL.

DCrônica – Desculpas aí "seu” Diário.

Por papai José V. Leal

Hoje, meu filho Pietro faz 45 anos. Parece brincadeira, mas nasceu no dia 1º de abril — e desde então, vem desmentindo o mundo com a sua verdade mais bonita: a de que viver vale a pena, mesmo quando parece absurdo.

Nesses dias tão cheios de luz abriu o coração como quem abre a janela para o sol entrar. E escreveu para seu querido diário. Li com os olhos molhados e o peito cheio de orgulho. 

Reproduzo aqui, com sua permissão, esse retrato doce e íntimo que ele pintou das próprias lembranças:

Querido diário,

Hoje faço 45 anos. Nunca tive um diário, mas tenho passado dias tão felizes que dá vontade de descrever cada um deles. Tem sido tão bom que seria capaz de esquecer meu aniversário. Que ideia absurda! Jamais esqueceria. Mas há tempos vivo na intenção de criar mais dias especiais entre um aniversário e outro.

Todo 1º de abril é um mergulho no HD da vida. E uma das memórias mais antigas que tenho é do meu aniversário de 5 anos. Meus pais fizeram uma festa linda. Ali eu entendi, mais ou menos, a lógica da contagem. E que, depois de um tempo, faria 6 anos, depois 7, 8… E, de tempos em tempos, teria uma festa para mim. Achei incrível! Até porque, àquela altura, eu achava que a gente podia viver o tanto de números que pudesse contar. E eu já contava até mil. Que ideia absurda! Eu ainda não sabia que não existem números capazes de medir o tamanho de uma vida.

Semana passada, sonhei com meu amigo Kalu. Sonhei que encontrava ele na rua, e a gente se abraçava, e eu não o largava. Ele dizia “cofoi, rasta”, e a gente gargalhava por horas sem parar. Como das vezes em que terminávamos de compor uma canção e, logo na sequência, fazíamos uma paródia mais legal que a original. Que ideia absurda! Passei os últimos dias rindo e chorando desse sonho.

Em Londres, Teti me viu chorando na rua e perguntou se eu estava emocionado. Eu disse que sim. Era uma mistura de tudo. Dias depois, contei para ela do sonho, e choramos juntos. Há quase 20 anos é assim. Estamos sempre viajando, nos emocionando, nos amando e nos acolhendo. E sempre temos alguma viagem marcada para o futuro. Uma fábrica de dias especiais. Alice já entendeu a lógica dessa nossa contagem. Ele ressignificou o nosso tempo. Do jeito dela, pela ótica infinita de quem conta a vida pelo número de risadas. 

Um absurdo. 

Amo ideias absurdas!

O que se lê não é apenas uma entrada de diário. É um manifesto de amor pela vida. Um lembrete de que a alegria pode ser cultivada como se planta uma árvore no quintal da alma.

Meu filho tem esse dom raro: o de guardar memórias como quem coleciona conchinhas de mar, cheias de histórias pequenas que só ele sabe ouvir. É grato, afetuoso, profundamente humano. E, acima de tudo, tem essa coragem bonita de sentir — de rir e chorar do mesmo sonho, da mesma lembrança, da mesma saudade.

Ele ama Teti, vive por Alice, carrega Kalu no coração e lembra da festa de 5 anos como se fosse ontem. Esse “menino” me ensina sempre que há espaço no peito para todas as idades — e que rir junto é mesmo a melhor forma de contar o tempo.

E é por isso que hoje, neste 1º de abril, só me resta agradecer à vida por tê-la feito meu filho. 

Um presente tão absurdo... que só poderia ser real.

Massa Real!

 

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